O Perímetro
Irrigado de São Gonçalo, distrito de Sousa estado da Paraíba, vem enfrentando
sérios problemas em decorrência da estiagem prolongada que com a insuficiência
de recursos hídricos de superfície e com a diminuição da vazão dos poços
amazonas e tubulares, redução do lençol freático, as culturas de Coco Anão
Verde e de Banana estão sendo dizimadas.
Parte dos
colonos está substituindo as culturas permanentes por culturas temporárias que
exija menor quantidade de água para o consumo. O açude público de São Gonçalo
denominado de Engenheiro Ávido esta com apenas 4% de sua capacidade de
armazenamento, já sendo realizado racionamento para consumo humano,
encontrando-se as margens do volume morte. Entrando em colapse as Cidades de
Sousa, Marizóplis, Nazarezinho – PB e os Núcleos Habitacionais I, II e III, que
tem essa água como abastecimento e consumo para essa população.
É
preciso que as autoridades governamentais em todos os níveis, Municipal,
Estadual e Federal, apresentem programas de construção de médios e grandes
açudes para o armazenamento desses recursos hídricos. O semiárido não se pode
dar o luxo das águas correm para o mar, toda água devem ser armazenadas,
sabemos que em anos de bons, grandes invernos/chuvas as águas são desperdiças
por insuficiência de reservatórios de superfícies e subterrâneos.
Acordemos
para a resolução dos problemas. Investem-se tanto recurso em obras de menor
potencialidade sócio e econômica, por que não apresentarem um programa de
sustentabilidade hídrica. Não me digam que a crise é mundial por isso nos temos
conhecimentos, só não conhecemos é uma política eficaz para retenção dos
recursos hídricos.
E
a interligação do Rio São Francisco, porque essa lentidão? Onde estão nossos
representantes políticos? Que não assumem essa luta como um projeto solidário e
de caráter de urgência urgentíssimo. Como assistiram a construção de grandes
obras para o suporte esportivo, com volumosos recursos e que hoje se assiste
nas TVS as arquibancadas vazias.
Se
esse dinheiro tivesse oxigenado as obras de transposição do Rio São Francisco,
sem dúvida já havia solucionado diversos problemas de abastecimento de água
para matar a sede da população Nordestina. A natureza não dar prazo a gente, e
nem perdoa juros.
Onde
estão os defensores da natureza? Dessa população? Dessas camadas oprimidas? Desse
povo bravo e sofrido. De dois em dois anos aparecem os salvadores da Pátria e
da humanidade. E, continuam as promessas e enganações, verdadeiros estelionatos
eleitoras e a esperança sempre vencendo o medo, mas não vence a espera por dias
melhores.
Desculpe-me,
sou apenas um eterno aprendiz, um sonhador de pé no chão, uma pessoa que não
guarda ilusões, busco entender o entendimento dos nossos representantes
políticos.
Como
posso ver um ancião, um colono do Perímetro Irrigado de São Gonçalo, Sousa –
PB, perdendo toda sua área/pomar da cultura de coco e banana, tudo morrendo por
falta de água para irrigação. E, devendo as Agencias Creditícias, Bancos
oficiais, com empréstimos que contraíram para tentar salvar suas plantações. Então,
perguntamos como vão reembolsar essas
parcelas? Esses débitos, com que? Com sua
aposentadoria e ou fazendo consignado para pagar débitos. Onde estão os
políticos representantes desses colonos que não buscam alternativas juntos ao
Ministério da Agricultura. Os Agricultores Familiares das faixas secas do
Semiárido Nordestino têm o Garantia Safra e os da faixa irrigada com a escassez
de água perdendo toda sua plantação tem o que?
José Marques Furtado