domingo, 1 de novembro de 2015

CULTURAS PERMANENTES X TEMPORÁRIAS



O Perímetro Irrigado de São Gonçalo, distrito de Sousa estado da Paraíba, vem enfrentando sérios problemas em decorrência da estiagem prolongada que com a insuficiência de recursos hídricos de superfície e com a diminuição da vazão dos poços amazonas e tubulares, redução do lençol freático, as culturas de Coco Anão Verde e de Banana estão sendo dizimadas.
Parte dos colonos está substituindo as culturas permanentes por culturas temporárias que exija menor quantidade de água para o consumo. O açude público de São Gonçalo denominado de Engenheiro Ávido esta com apenas 4% de sua capacidade de armazenamento, já sendo realizado racionamento para consumo humano, encontrando-se as margens do volume morte. Entrando em colapse as Cidades de Sousa, Marizóplis, Nazarezinho – PB e os Núcleos Habitacionais I, II e III, que tem essa água como abastecimento e consumo para essa população.
                É preciso que as autoridades governamentais em todos os níveis, Municipal, Estadual e Federal, apresentem programas de construção de médios e grandes açudes para o armazenamento desses recursos hídricos. O semiárido não se pode dar o luxo das águas correm para o mar, toda água devem ser armazenadas, sabemos que em anos de bons, grandes invernos/chuvas as águas são desperdiças por insuficiência de reservatórios de superfícies e subterrâneos.
                Acordemos para a resolução dos problemas. Investem-se tanto recurso em obras de menor potencialidade sócio e econômica, por que não apresentarem um programa de sustentabilidade hídrica. Não me digam que a crise é mundial por isso nos temos conhecimentos, só não conhecemos é uma política eficaz para retenção dos recursos hídricos.
                E a interligação do Rio São Francisco, porque essa lentidão? Onde estão nossos representantes políticos? Que não assumem essa luta como um projeto solidário e de caráter de urgência urgentíssimo. Como assistiram a construção de grandes obras para o suporte esportivo, com volumosos recursos e que hoje se assiste nas TVS as arquibancadas vazias.
                Se esse dinheiro tivesse oxigenado as obras de transposição do Rio São Francisco, sem dúvida já havia solucionado diversos problemas de abastecimento de água para matar a sede da população Nordestina. A natureza não dar prazo a gente, e nem perdoa juros.
                Onde estão os defensores da natureza? Dessa população? Dessas camadas oprimidas? Desse povo bravo e sofrido. De dois em dois anos aparecem os salvadores da Pátria e da humanidade. E, continuam as promessas e enganações, verdadeiros estelionatos eleitoras e a esperança sempre vencendo o medo, mas não vence a espera por dias melhores.
                Desculpe-me, sou apenas um eterno aprendiz, um sonhador de pé no chão, uma pessoa que não guarda ilusões, busco entender o entendimento dos nossos representantes políticos.
                Como posso ver um ancião, um colono do Perímetro Irrigado de São Gonçalo, Sousa – PB, perdendo toda sua área/pomar da cultura de coco e banana, tudo morrendo por falta de água para irrigação. E, devendo as Agencias Creditícias, Bancos oficiais, com empréstimos que contraíram para tentar salvar suas plantações. Então, perguntamos como vão reembolsar essas
parcelas? Esses débitos, com que? Com sua aposentadoria e ou fazendo consignado para pagar débitos. Onde estão os políticos representantes desses colonos que não buscam alternativas juntos ao Ministério da Agricultura. Os Agricultores Familiares das faixas secas do Semiárido Nordestino têm o Garantia Safra e os da faixa irrigada com a escassez de água perdendo toda sua plantação tem o que?

José Marques Furtado

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