domingo, 30 de maio de 2010

CONVENIÊNCIA RURAL – I.

CONVENIÊNCIA RURAL – I.


O atual sistema habitacional rural necessita urgentemente de mudanças que possibilite condições de sustentabilidade com dignidade e segurança. Não há mais condições de moradias distantes uma das outras a 1 (um) ou mais quilômetros, fato que dá margem para a insegurança da moradia familiar, visto os altos índices de criminalidades existentes na região.
Com o aumento da violência urbana e as crescentes incidências na zona rural induz a uma nova visão para o setor habitacional rural que deve urgentemente ser parte das políticas dos governantes, tratando como prioridade a construção de agrovilas com toda infra-estrutura indispensável à moradia digna as famílias rurais.
É preciso que tenhamos preocupações com os focos de êxodo rural e que leva a ocorrência do mesmo, não podemos conviver com o acelerado índice de migração da população rural. A falta de políticas governamentais consistentes e iniciadas pela base, onde os municípios contribuem com facilidade para o esvaziamento da população rural.
O sucateamento, desprezo e fechamento das escolas rurais, parecem ações programadas para a desocialização da Juventude rural com seu habitat natural, a maioria dos Jovens que passam a estudar na sede dos municípios, após freqüentar do primeiro ao 9°(nono) ano e posterior o ensino médio, passa a ter uma vivencia maior com o meio urbano e poucos retornam a zona rural.
O Ensino Fundamental em Comunidades de Aprendizagem, com disciplinas curriculares compatíveis as ambiências Locais e um Ensino Médio Profissionalizante, com opção de tradição, aptidão e mercado de trabalho pode ser a luz de um campo rural mais habitado.
Fatores estes passam por políticas, habitacionais, econômicas, educacionais e sociais. O melhoramento habitacional em formação de agrovilas com toda infra-estrutura necessária, como, a construção de escola, posto de saúde, templos religiosos, saneamento básico com uma urbanização digna para uma população que responsável pela alimentação da nação torna-se mais do que justo.
Não estamos confundindo probabilidades, com sonhos. Estamos mostrando alternativas viáveis que podem fixar as famílias rurais ao campo, ao seu habitat. Base econômica existe, o que falta é consciência e ações dos governantes.
Vejamos! a Educação tem 25% do orçamento governamental, a saúde tem seus 17% e o fator primário da economia, a agricultura tem quanto?
O País tem dinheiro disponível e pode incentivar ao campo – zona rural, basta cortar gastos desnecessários, cortando na própria carne, cortando a corrupção. Quantos órgãos são fechados, a exemplo da SUDENE, EMBRATER e outros com alegações de corta despesas quando na verdade o que deveria ser feito era um maior acompanhamento na aplicação das verbas públicas. A extinção desses e demais órgãos prejudicou o desenvolvimento das ações ligadas diretamente setor rural.
O Semiárido Nordestino têm potencialidades diversas, umas afloradas e muitas adormecidas necessitando de apoio, incentivo, auto-estímulo para os agricultores familiares. O crédito rural é um meio, que há em disponibilidade, mas a forma de como chegar aos agricultores precisa ser mais ágil, menos burocrático e mais eficiente.
É indispensável utilizar métodos de valorização e atualização de conhecimento tecnológico para as famílias rurais. Resgatar valores tradicionais e culturais via socialização de informações e conhecimentos para a construção do saber.
Não há mais tempo para esperar por propostas e promessas para mantermos as famílias no campo, é preciso urgência nas soluções dos problemas rurais que são muitos e se quisermos resolvê-los temos que descentralizar ações técnicas e econômicas.

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